Padre Jaime

Ao anoitecer do dia 14 de fevereiro de 2018, Deus chamou a si o Pe. Jaime Espinosa Anta. Contava sessenta e três anos de sacerdócio vivido fielmente.

Ao anoitecer do dia 14 de fevereiro de 2018, Deus chamou a si o Pe. Jaime Espinosa Anta. Quando a última crise em sua longa enfermidade manifestou-se, recebeu de novo os últimos Sacramentos. Contava sessenta e três anos de sacerdócio, vivido fielmente: com fé, amor a Deus e caridade pastoral.

Tinha nascido em Orense (Espanha), no dia 24 de agosto de 1928. Ao falecer, faltavam-lhe seis meses para completar os noventa anos. Cursou Medicina nas Universidades de Santiago de Compostela e Saragoça. Nesta última universidade, formou-se em 1953. Mais tarde, em 1956, obteria o doutorado em Direito Canônico pelo Pontifício Ateneu Angelicum de Roma, hoje Pontifícia Universidade São Tomás de Aquino.

Recebeu a chamada de Deus para o Opus Dei sendo estudante universitário em Santiago de Compostela. Desde o primeiro momento, correspondeu generosamente à sua vocação.

De 1953 a 1956, enquanto completava o curso de teologia e se graduava em direito canônico, teve a graça de conviver em Roma com o Fundador do Opus Dei, São Josemaria Escrivá, no Colégio Romano da Santa Cruz. Reencontrou-o em 1974, quando da sua estadia no Brasil.

Foi ordenado sacerdote em Madri, no dia 8 de agosto de 1955. No início do seu sacerdócio, desenvolveu por uns meses o seu trabalho pastoral na Espanha e em Portugal. Pouco depois, em 1957, secundando um desejo de São Josemaria, que o Pe. Jaime compartilhava com entusiasmo apostólico, partiu de Lisboa para iniciar o trabalho do Opus Dei no Brasil, aonde chegou em março de 1957.

Em 1958.

Foi um dos dois primeiros membros do Opus Dei a começar o trabalho da Obra no país. Participou da instalação do primeiro Centro no Brasil, erigido na cidade paulista de Marília, cujo bispo havia solicitado a ajuda do labor apostólico do Opus Dei na diocese.

Em 1962, transferiu-se para São Paulo, cidade onde trabalhou até o fim da vida. Exerceu aí um intenso trabalho sacerdotal entre homens e mulheres, solteiros e casados, com muitos frutos espirituais, até que, nos últimos três anos de sua vida, a doença o impediu de continuar exercendo atividades.

Teve um especial amor ao trabalho próprio da Sociedade Sacerdotal da Santa Cruz, inseparável da Prelazia do Opus Dei, que desenvolveu com muitos amigos sacerdotes. Todos recordam seu exemplo e seu afeto, sua dedicação perseverante, e o bem que a sua direção espiritual e outros meios de formação que ministrava fizeram às suas vidas e ao seu trabalho sacerdotal.

No sepultamento, houve o testemunho comovente de um dos muitos padres diocesanos que o Pe. Jaime atendeu ao longo de anos. Referiu-se à simplicidade e à caridade fraterna do Pe. Jaime. Análogo testemunho poderiam ter prestado muitos estudantes, professores universitários e operários que experimentaram a ajuda espiritual do Pe. Jaime.

Cumpre ainda lembrar que o Pe. Jaime, com base na sua formação médica, difundiu com profundidade a doutrina católica sobre temas atuais de psicopedagogia e bioética, tanto em aulas, palestras e conferências, como através de várias publicações.