“Leva-me pela tua mão, Senhor”

Há uma quantidade bem considerável de cristãos que seriam apóstolos..., se não tivessem medo. São os mesmos que depois se queixam, porque o Senhor - dizem! - os abandona. Que fazem eles com Deus? (Sulco, 103)

Também a nós nos chama e nos pergunta, como a Tiago e a João: Potestis bibere calicem quem ego bibiritus sum? (Mt XX, 22), estais dispostos a beber o cálice - este cálice da completa entrega ao cumprimento da vontade do Pai - que eu vou beber? Possumus!(Mt XX, 22). Sim, estamos dispostos, é a resposta de João e de Tiago... Vós e eu estamos dispostos seriamente a cumprir, em tudo, a vontade do nosso Pai-Deus? Demos ao Senhor nosso coração inteiro, ou continuamos apegados a nós mesmos, aos nossos interesses, à nossa comodidade, ao nosso amor próprio? Há em nós alguma coisa que não corresponda à nossa condição de cristãos e que nos impeça de nos purificarmos? Hoje apresenta-se-nos a ocasião de retificar.

É necessário que nos convençamos de que Jesus nos dirige pessoalmente estas perguntas. É Ele quem as faz, não eu. Eu não me atreveria a fazê-las a mim próprio. Eu vou continuando a minha oração em voz alta, e vós, cada um de vós, por dentro, está confessando ao Senhor: Senhor, que pouco valho! Que covarde tenho sido tantas vezes! Quantos erros! Nesta ocasião e naquela...; nisto e naquilo... E podemos exclamar também: Ainda bem, Senhor, que me tens sustentado com a tua mão, porque me sinto capaz de todas as infâmias... Não me largues, não me deixes; trata-me sempre como a um menino. Que eu seja forte, valente, íntegro. Mas ajuda-me como a uma criatura inexperiente. Leva-me pela tua mão, Senhor, e faz com que tua Mãe esteja também a meu lado e me proteja. E assim, possumus!, poderemos, seremos capazes de ter-Te por modelo. (É Cristo que Passa, 15)

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