O evento foi dirigido pelo Dr. David Neima, conhecido oftalmologista de Vancouver e promotor de várias iniciativas nas áreas da educação e da saúde no Terceiro Mundo que, depois de umas palavras de boas-vindas, apresentou os dois conferencistas que iam abrir a série de palestras: Cecilia e Thomas Royals, de Chevy Chase (Maryland).
Cecilia e Thomas abordaram a questão, sempre difícil, da distribuição de tempo entre a vida profissional e a vida familiar, e compartilharam com o público experiências sobre esse agudo problema da vida familiar moderna. Cecilia Royals, presidente do National Institute of Womanhood (Instituto Nacional da mulher), participou das conferências do Cairo e de Pequim organizadas pelas Nações Unidas, e defendeu diante do Senado e de diferentes comitês do Congresso dos Estados Unidos a causa do bem-estar e da atenção à mulher. Além disso, proferiu diversas conferências sobre a família, a educação e a sociedade.
Em sua palestra, Cecilia analisou aquilo que ela chama de paradigma do trabalho e paradigma da família, e propôs um paradigma integrado, que leve em conta a realização dos talentos e das aspirações de uma pessoa, bem como as necessidades e obrigações da sua família e da sua comunidade. Destacou a conveniência de que a mulher seja “criadora de lar”, mais do que uma “esposa no lar”. Esta “criação de lar” inclui a manutenção de todos os seus membros, mas se estende da família — célula madre da sociedade — até a sociedade no seu conjunto.
Seu marido Thomas, Assistant Headmaster de The Hights High School, um colégio particular para rapazes em Washington DC, falou da importância do papel paterno na educação dos filhos.
A seguir, falou a Dra. Theresa Tomory. Ela e o seu marido fazem parte do grupo de pais fundadores de Hawthorn School, um colégio para meninas em Toronto. Theresa fez uma exposição sobre os ensinamentos do Bem-aventurado Josemaría sobre as obrigações e responsabilidades dos pais na educação dos seus filhos. Destacou o fato de que a educação começa na família e recordou, com palavras do fundador do Opus Dei, que o matrimônio é um caminho divino. Recordou também como o Bem-aventurado Josemaría animava os casais na promoção de escolas, consciente de que a escola é, depois da família, a segunda comunidade educativa. A Dra. Tomory encerrou a sua exposição com o relato da história dos começos de Hawthorn, os seus objetivos e os seus princípios.
Kathleen e John Higgins falaram sobre a comunicação familiar e explicaram como o Bem-aventurado Josemaría os ajudou nesse aspecto, para serem melhores pais e ganharem a amizade dos filhos.
Uma história comovente
Cecilia Royals encerrou o encontro com um testemunho pessoal sobre a mensagem de Josemaría Escrivá na sua vida. Centrou-se em três áreas: a valorização do tempo como um tesouro, a necessidade de amar a vontade de Deus e a importância das coisas pequenas. Narrou uma história comovente: a experiência de uma doença que deixou seu filho às portas da morte. Ela conseguiu fazê-lo entender que, a qualquer momento, poderia ser levado ao céu.
Noutra ocasião, como se houvesse tido uma premonição, antes do nascimento de uma menina com síndrome de Down, sentiu-se obrigada a repetir umas palavras do fundador do Opus Dei. “Estás sofrendo uma grande tribulação? Encontras oposição? — Diz, muito devagar, como que saboreando, esta oração forte e viril: ‘Faça-se, cumpra-se, seja louvada e eternamente glorificada a justíssima e amabilíssima Vontade de Deus sobre todas as coisas. — Assim seja. — Assim seja’. Eu te garanto que alcançarás a paz” (Caminho, 691). De fato, essas palavras encheram-na de paz.
Durante a jornada também houve a projeção do vídeo A alegria da santidade, e foi instalada uma exposição sobre a vida e a obra de Josemaría Escrivá. Os participantes tiveram à sua disposição todos os escritos publicados pelo fundador do Opus Dei.