Pode um jovem ser santo?

O dia 26 de junho, em que a Igreja celebra a festa do Bem-aventurado Josemaría, foi escolhido pelo Centro Educacional da Pedreira para a realização de um "workshop" sobre como um jovem pode corresponder à chamada universal à santidade.

Durante os depoimentos

“Santidade e Juventude” foi o título do workshop realizado no Centro Educacional da Pedreira para celebrar o centenário de nascimento do fundador do Opus Dei. A atividade contou com cerca de 120 participantes, e dois conferencistas — Paulo Oriente Franciulli, mestre em Direito pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, que proferiu uma palestra intitulada “Pode um jovem ser santo?”, e Henrique Elfes, bacharel em letras pela PUC-PR, que falou sobre a construção da personalidade através das virtudes humanas, base necessária para a procura da santidade. No fim do workshop, o capelão da escola, Pe. Marcos Adelino de Lima, celebrou uma missa em honra do Bem-aventurado Josemaría.

A tarde começou com a exposição de Paulo Franciulli. Comentando os “vislumbres” de uma chamada divina que o Bem-aventurado Josemaría começou a ter aos 16 anos, Franciulli frisou que, normalmente, “é na juventude que os santos se decidem a sê-lo. Porque não há coisa maior, ideal mais elevado, meta tão autêntica, generosidade mais rotunda que a santidade. E é nessa época da vida que se é atraído e se escolhem os ideais elevados, autênticos, generosos”.

O público manteve a mesma atenção durante a sessão de depoimentos, quando alguns dos presentes descreveram a influência dos ensinamentos do fundador do Opus Dei nas suas vidas. Muitos dos alunos viram descortinar-se um panorama novo, e compreenderam como diversos aspectos do funcionamento da escola são consequência dos ensinamentos do Bem-aventurado Josemaría.

"As obras falavam por si mesmas"

“O que me chamou a atenção na escola — disse Eliezer Gomes, ex-aluno e atual professor da Pedreira — foram as aulas de ética: não só pelo que era dito, mas também pelos professores, que procuravam realmente praticar o que ensinavam”. Eliezer, que vem de uma família protestante, narrou como, através dos ensinamentos do fundador do Opus Dei e do exemplo das pessoas que se esforçavam por praticá-los, foi vencendo as reservas que tinha quanto ao catolicismo: “As obras falavam por si mesmas e resolvi investigar melhor; em consequência, há três anos recebi o Batismo na Igreja Católica”.

Alguns dos participantes do workshop

Leonardo Nery, aluno do curso técnico de administração, contou como o seu primeiro contato com aquilo que depois reconheceu ser o espírito do Opus Dei foi bastante prático: “Surpreendeu-me a atenção que me deram desde o momento em que vim fazer a inscrição e, mais ainda, na preceptoria que a escola oferece. Depois de algum tempo, percebi que o meu preceptor não era apenas um professor, mas realmente um amigo, que me mostrou como se pode ser santo através do estudo”.

“A santidade — concluiu Paulo Franciulli — é a maior ambição, a melhor tarefa, a mais espetacular conquista, o mais elevado e nobre ideal que um ser humano pode propor-se. Logo, é o que mais apaixona e enamora na juventude, porque na santidade estão englobados todos os ideais: o de aproximar as almas de Deus e Deus das almas, o de servir os demais através da nossa profissão, o de melhorar a sociedade à nossa volta, o de amar e ser amado, o de ter toda a alegria e toda a paz que se pode ter na terra, e tantos outros que fazem o nosso coração arder como fogueira. Aliás, esse é o resumo do ideal de um homem santo: trazer fogo à terra e fazê-la arder”.