A cerimônia, que teve lugar no dia 1o de setembro, foi celebrada pela primeira vez na esplanada do santuário, diante da impossibilidade de acolher no templo os mais de sete mil participantes, familiares e amigos dos novos presbíteros.
Os ordenados procedem da Argentina, Equador, Espanha, Estados Unidos, Filipinas, França, Holanda, Itália, México, Nigéria, Nova Zelândia, Peru, Portugal e Venezuela. O mais jovem é o mexicano Mario Arroyo, de 28 anos, e o mais velho é o espanhol Eduardo Martínez, de 57.
Na homilia, D. Javier Echevarría destacou a coincidência da ordenação com o centenário do nascimento e a iminente canonização do fundador do Opus Dei. “Por vocês — disse aos candidatos — (o Bem-aventurado Josemaría) rezou muito especialmente, ao pedir pela santidade dos seus filhos sacerdotes e pela de todos os presbíteros do mundo". D. Echevarría pediu a todos os fiéis a sua oração pelos ordenados, “para que sejam, como queria o Bem-aventurado Josemaría, piedosos, doutos, alegres e esportistas, no terreno sobrenatural e no humano".
“Recorramos à Virgem Maria neste tempo de preparação para o dia 6 de outubro", exortou o prelado do Opus Dei. “Na conversão diária, que considero um requisito imprescindível para receber com fruto tanta graça de Deus, a nossa Mãe do Céu desempenha um papel fundamental. Supliquemos a ela essa graça para todos os que assistirão à canonização em Roma, e para os que unir-se-ão espiritualmente a esse ato nas suas casas".
D. Echevarría pediu, no final da sua homilia, o oração diária de todos para que haja “muitas vocações de sacerdotes com fome de santidade, indispensável para administrar o perdão divino, e para saciar as necessidades de todas as almas com o pão da palavra de Deus e com o Pão eucarístico".
Uma bênção para a família
Depois da cerimônia, Martin Miller, de Illinois (EUA), declarou ter o desejo de “pregar o Evangelho e dar esperança às pessoas. Todos devem saber que a santidade está ao alcance das pessoas comuns, daqueles que levantam cedo para ir trabalhar, que chegam à casa e vão ajudar os seus filhos com os seus deveres, que têm de apertar o orçamento para chegar ao fim do mês... O Bem-aventurado Josemaría, que logo será santo, disse a essas pessoas que o Céu não está tão longe dos seus afazeres diários".
Jude Idahosa, novo sacerdote da Nigéria, é engenheiro agrônomo, e expressou “o desejo de trabalhar como sacerdote no meu país". Seu pai, Atkinson Egharevba, de religião edoo, foi à cerimônia com as vestimentas próprias da sua tribo: “A África precisa de muitos sacerdotes, que sejam muito santos. Precisamos de centenas deles", disse. A mãe de Jude, Janette, considera “uma bênção de Deus a chamada de um filho meu para o seu serviço. Eu nunca o teria imaginado, só Ele o pode fazer".
Vemos que ele está feliz
Atualmente, é muito significativo que uma família holandesa tenha um filho sacerdote. “Há trinta anos, era bastante comum que as famílias católicas de nosso país tivessem um filho sacerdote. Agora, infelizmente, isso não acontece mais, e por isso a nossa alegria por esse dom é enorme", disse Wil, mãe de Wilhelmus Veth. A representação holandesa, com mais de cinquenta pessoas, era composta por familiares, amigos e companheiros do novo presbítero. “Todos colocamos muitas esperanças nele, e desejamos que, se Deus quiser, dê muitos frutos na Holanda", afirmaram.
Da região francesa da Bretanha veio um grupo muito numeroso para acompanhar Jean Philippe Huet. A sua mãe disse estar “muito contente pelo caminho que nosso filho escolheu, porque vemos que está feliz. Os nossos familiares e amigos também se alegraram muito, quando lhes dissemos que ele iria ordenar-se".