Nova seção com arquivos de áudio.

Inauguramos uma nova seção com arquivos de áudio sobre o espírito do Opus Dei, dentro da seção Multimídia.

Nesta seção há gravações de voz de São Josemaria, D. Álvaro del Portillo, D. Javier Echevarría (atual Prelado do Opus Dei), etc.

Estes arquivos estarão divididos por temas e aparecerão periodicamente na seção de áudio, dentro da seção Multimídia. Hoje começamos com três intervenções de São Josemaria sobre a santificação da vida ordinária.

SANTIFICAÇÃO DA VIDA ORDINÁRIA (2’ 27”)

CAMPUS DA UNIVERSIDADE DE NAVARRA -  PAMPLONA (ESPANHA). HOMILIA, OUTUBRO DE 1967

Tenho-o ensinado constantemente com palavras da Escritura Santa: o mundo não é ruim, porque saiu das mãos de Deus, porque é criatura dEle, porque Javé olhou para ele e viu que era bom. Nós, os homens, é que o fazemos ruim e feio, com nossos pecados e nossas infidelidades. Não duvidem, meus filhos; qualquer modo de evasão das honestas realidades diárias é, para os homens e mulheres do mundo, coisa oposta à vontade de Deus.

Pelo contrário, devem compreender agora — com uma nova clareza — que Deus os chama a servi-Lo em e a partir das tarefas civis, materiais, seculares da vida humana. Deus nos espera cada dia: no laboratório, na sala de operações de um hospital, no quartel, na cátedra universitária, na fábrica, na oficina, no campo, no seio do lar e em todo o imenso panorama do trabalho. Não esqueçamos nunca: há algo de santo, de divino, escondido nas situações mais comuns, algo que a cada um de nós compete descobrir. (...).

Não há outro caminho, meus filhos: ou sabemos encontrar o Senhor em nossa vida de todos os dias, ou não O encontraremos nunca. Por isso, posso afirmar que nossa época precisa devolver à matéria e às situações aparentemente mais vulgares seu nobre e original sentido: pondo-as ao serviço do Reino de Deus, espiritualizando-as, fazendo delas meio e ocasião para o nosso encontro contínuo com Jesus Cristo.

CHAMADA UNIVERSAL À SANTIDADE  (1’ 07”)

ANHEMBI (BRASIL) 1-06-74

(Às vezes me pergunto porque há tão poucos santos do Brasil, o país mais católico do mundo. Poderia falar-nos um pouco sobre isso?)

Escuta, meu filho! Os santos não fazem ruído. Provavelmente, perto de você haverá tantas pessoas que, aos olhos de Deus, são muito agradáveis e verdadeiramente santas (...).

Há almas santas e não poucas: muitas!

E além disso, o Senhor nos pede a todos nós — e a você e a mim também — que sejamos santos. Não digo isso por mim, Ele diz: estote perfecti, sicut Pater meus caelestis perfectus est!, Sede perfeitos como meu Pai celestial. (...) Disse isso a todos, todos: aos casados e às casadas, aos solteiros, aos trabalhadores manuais e intelectuais, aos camponeses... A todos!

SANTIDADE NO CUMPRIMENTO DOS PRÓPRIOS DEVERES  (1’ 28”)

TEATRO COLISEO, BUENOS AIRES (ARGENTINA). 26-06-74

Temos que ser santos. Como? Sendo homens, simplesmente: homens que têm a graça de Deus, porque sem a graça divina e a proteção da Mãe de Deus não faríamos mais do que tolices, tal como uma criança pequena, sem o carinho da mãe, sem o cuidado do pai, sem a proteção do pai, não faria nada, não poderia defender-se.

Diante de Deus, que é eterno, tu e eu — sobretudo eu, que já estou ficando mais velho, mas que ao lado de todos sou um menino —  não podemos dar-nos muita importância. E isto é o bom da nossa vida de homens: que somos pequenos e Deus nos ajudará a ser santos, cumprindo nossos deveres de estado: se és casado, amando muito a tua mulher, amando os teus filhos, cuidando-te por eles e cuidando deles, trabalhando no teu labor profissional, com sentido de justiça, sendo generoso; cumprindo, além dos deveres de justiça, os de caridade, que é colocar o coração nas coisas terrenas. Caso contrário a vida é muito dura, muito seca. Ponhamos o coração; ponhamos a caridade de Cristo e assim tudo é suave na vida, não há violências. E tu não queres violências; tampouco eu. Vais pelo caminho de ser santo. Senta-te tranquilo, pois estás bem.

(Obrigado, Padre).