Mensagem do Prelado do Opus Dei no início do Ano Sacerdotal

Bento XVI convocou um ano para que todos rezemos especialmente pelos sacerdotes. Por esse motivo, iniciamos uma nova coleção de vídeos sobre o dom do sacerdócio. D. Javier Echevarría, Prelado do Opus Dei, introduz a série (05’18”).

Quando soube da notícia de que o Santo Padre havia convocado este ano sacerdotal por ocasião do 150o aniversário da morte do santo Cura de Ars me enchi de uma imensa alegria e me veio à cabeça, entre outras coisas, uma lembrança de algo que sempre me comoveu muito.  

 

Quando fiz algumas viagens à America Latina, escutei, em diversos países, que depois das orações feitas em desagravo pelas ofensas contra o Santíssimo Sacramento, contra o Senhor, contra Nossa Senhora, acrescentavam uma tríplice petição, seguidas por uma forte resposta do povo: “Senhor, dai-nos sacerdotes santos!” Diziam três vezes, claramente convencidos, e que se notava  pela maneira de falar, de pronunciar essas palavras.  

 

É o que precisamos, é o que a Igreja precisa, o que precisará sempre: sacerdotes santos. Por isso, eu penso que o Papa, aproveitando esta data redonda, convocou este ano sacerdotal. E nos pediu a todos os sacerdotes que ponhamos o máximo empenho em chegar à santidade sacerdotal. Que significa exercer o nosso ministério com esse desejo de louvar a Deus, de nos aproximarmos mais à sua intimidade, e de aproximar, com o nosso ministério,  todas as almas com quem nos relacionamos.  

 

Mas, ao mesmo tempo, que nos demos conta de que a vida sacerdotal não se limita aos momentos de uma atividade pastoral, de um trabalho, mas que engloba todo o nosso dia, da manhã até à noite e da noite à manhã, como costumava repetir um santo sacerdote, São Josemaria Escrivá de Balaguer.  

 

O Papa nos disse que, para que haja uma eficácia real em tudo o que fizermos ao longo da nossa jornada, temos que ser homens que buscam a perfeição cristã, a santidade sacerdotal. É importante convencer-nos de que é desta santidade buscada,  querida, amada, que depende a eficácia do trabalho que cada sacerdote realiza neste mundo.  

 

Há sacerdotes muito santos, e estou certo que todos os sacerdotes têm essas mesmas fomes de santidade. Neste ano, notaremos não somente o afeto, a oração, que chegarão a todos os sacerdotes do mundo inteiro, mas nós mesmos rezaremos, mais convictos, pela santidade de todos os nossos irmãos sacerdotes.  

 

Rezaremos também, como é lógico, pela santidade do Papa, pela santidade dos seus colaboradores, pela santidade dos Bispos, pela santidade de todos os que estão trabalhando no âmbito clerical.  

 

É muito importante que todas as mulheres e todos os homens do mundo, rezem pelos seus sacerdotes, porque somos sacerdotes de todos. E que, o mesmo tempo, sintam o peso santo do seu sacerdócio real. Ou seja, acompanhar Cristo, cada um onde estiver, para incutir nas almas o desejo de encontrar a Deus, de dirigir-se à Trindade, de levá-la a todos os ambientes.  

 

Penso que nós sacerdotes temos que ser muito agradecidos a Deus e homens alegres, cheios de otimismo, porque temos a responsabilidade mais soberana que uma pessoa pode receber na terra. Dirijo a todos os meus irmãos sacerdotes o desejo de que leiam as palavras do Papa, de que estejam muito perto do Papa, de que o acompanhem sempre em suas orações, e, concretamente, neste ano sacerdotal, convocados por esta ocasião, para que todos caminhemos diretos à santidade, buscando unicamente a glória de Deus e o trabalho de serviço a todas as almas, sem nunca nos procurarmos a nós mesmos.