Eduardo e Laura

Laura Busca Otaegui (Laurita) nasceu dia 3 de novembro de 1912 em Zumárraga (Guipúzcoa). Casada com Eduardo Ortiz de Landázuri, nascido em Segóvia (Espanha) em 31 de Outubro de 1910.

Eduardo Ortiz de Landázuri e Laura Busca Otaegui casaram-se em 17 de junho de 1941. Tinham-se conhecido em 1935, no Hospital do Rei, no departamento de Farmácia. Tiveram sete filhos. A família – o cônjuge e os filhos – foi o primeiro campo de serviço nas suas vidas.

Laura Busca Otaegui (Laurita) nasceu dia 3 de novembro de 1912 em Zumárraga (Guipúzcoa). Realizou seus estudos em Zumárraga, Vergara e Valladolid. Formou-se em Farmácia pela Universidade Central de Madrid em 1935.

De temperamento forte, era magnânima e compreensiva. Devido à formação recebida e à sua vida espiritual, soube corresponder à vontade de Deus para buscar a santidade nos trabalhos diários. Pediu a admissão ao Opus Dei em 8 de janeiro de 1953. Construiu com seu marido, como aconselhava São Josemaria Escrivá de Balanguer, um lar luminoso e alegre. Sua vida foi marcada por uma extraordinária generosidade e na entrega ao seu marido e filhos, assim como a muitas outras pessoas. Sustentou suas ações no amor a Deus e aos demais, que brotava de uma sincera e profunda piedade. Desde os anos cinquenta levou com fortaleza uma dolorosa enfermidade nas costas, sem perder o sorriso.

Em 11 de dezembro de 1998, teve a grande alegria de assistir em Pamplona, a Abertura do Processo diocesano sobre as virtudes de seu marido Eduardo e pouco tempo depois, pode testemunhar no processo. Depois de uma dolorosa doença que levou com extraordinária fortaleza cristã, faleceu em Pamplona, com fama de santidade, em 11 de outubro de 2000.

Eduardo Ortiz de Landázuri nasceu em Segóvia (Espanha) em 31 de Outubro de 1910. Fez o curso de Medicina. Licenciou-se em 1933 e doutorou-se em 1944.

Começou a exercer a profissão no Hospital do Rei, de Madri. Em 1935 ampliou estudos na Alemanha. Em 1940 entrou para o Hospital Clínico de Madri, para trabalhar com o Dr. Jiménez Díaz, que considerou sempre seu mestre em Medicina.

Em 1946 alcançou a Cátedra de Patologia Geral da Faculdade de Medicina de Cádiz, mas em breve passou para a de Patologia Clínica e Médica na Universidade de Granada.

Em 1958 transitou para a então nascente Faculdade de Medicina da Universidade de Navarra, em cuja Faculdade – e Clínica Universitária – consumiu os seus dias de trabalho até à sua aposentadoria.

Ao começar a guerra civil espanhola o seu pai, militar de profissão, foi preso em Madri e condenado à morte. O Eduardo, a mãe e a irmã passaram com ele a noite anterior ao seu fuzilamento, que se deu no dia 8 de setembro de 1936.

Referindo-se àqueles dias diria mais tarde: «Foram os mais dolorosos da minha vida». Aquele fato deixou uma profunda marca na sua alma e representou o início de uma profunda crise religiosa, que deu origem ao processo interior da sua conversão a Deus.

Em 17 de junho de 1952 pediu a admissão no Opus Dei. O encontro com a Obra representou o início de uma séria luta pela melhora contínua da sua vida cristã, seguindo o caminho aberto pela vida santa e os ensinamentos do seu Fundador, S. Josemaria Escrivá de Balaguer, por quem veio a ter uma enorme estima.

Consciente da sua filiação divina adquiriu pouco a pouco uma piedade simples e forte. Externamente viam-no sempre com uma profunda paz e uma intensa alegria, manifestada de modo natural, inclusive nas contrariedades e nos momentos de cansaço.

A sua atividade profissional atingiu uma intensidade surpreendente: o seu dia começava muito cedo, com algum tempo dedicado à oração e à Santa Missa, e terminava geralmente nas primeiras horas do dia seguinte.

Atendeu com solicitude os seus colegas e colaboradores; para os estudantes foi mestre e guia, tanto no domínio profissional como no humano. Tratava todos com afabilidade e procurava estar sempre disponível; ao mesmo tempo era exigente com si mesmo e com os outros, porque queria fazer render para Deus os talentos que tinha recebido.

Os doentes encontraram nele um verdadeiro amigo, pois interessava-se por toda as facetas humanas das pessoas a fim de as ajudar a melhorarem tanto corporal como espiritualmente.

No Opus Dei aprendeu o valor da unidade de vida. Compreendeu, assim, que o cuidado da família, o estudo e o trabalho, o relacionamento com os amigos, os colegas e os estudantes devia ser impregnado de sentido cristão; cada atividade, ordenada e realizada no momento oportuno, ajudava-o a dirigir a alma a Deus: era o oferecimento da sua vida, convertido em verdadeira oração contemplativa.

Em 1983 deixou a docência, aos 73 anos de idade. Pouco depois foi-lhe diagnosticado um tumor maligno. Ao ser operado descobriu-se que o câncer era incurável, visto que estava muito espalhado.

Teve consciência da gravidade da sua doença desde o primeiro momento e aceitou-a unindo-se cada vez mais aos padecimentos de Cristo na Cruz, pela Igreja. Os seus dois últimos anos de vida ainda foram de grande atividade profissional, cheia de afã por aproximar muitas almas a Deus.

No dia 1 de maio de 1985, foi internado definitivamente na Clínica Universitária de Pamplona, testemunha dos seus infinitos desvelos pelos doentes, e lá faleceu às 9 horas e 10 minutos da manhã do dia 20, enquanto repetia esta oração: Senhor, aumenta-me a fé, aumenta-me a esperança, aumenta-me a caridade, para que o meu coração se pareça com o Teu!

A sua fama de santidade, que muitos já apreciavam em vida, manifestou-se desde aquele momento e são cada vez mais os que confiam na sua intercessão diante de Deus.